Roy Lee, produtor da adaptação live-action de Death Note produzida pela Netflix, respondeu as críticas que o filme tem recebido pela escolha de elenco, que traz atores caucasianos para interpretar personagens que, originalmente, eram de diversificadas etnias, prática popularmente conhecida como “whitewashing“.
Em entrevista ao
BuzzFeed, Lee disse não acreditar que este seja o caso de Death Note, já que o filme foi adaptado para os Estados Unidos, enquanto a obra original acompanhava o cotidiano japonês. O longa-metragem se passará em Seattle ao invés de Tóquio, e o protagonista teve seu nome alterado para Light Turner, no lugar de Light Yagami. De acordo com o produtor, tais mudanças foram necessárias para tornar o projeto mais chamativo aos estadunidenses e ao mercado americano em geral.
Roy ainda defendeu a escolha, dizendo que o termo “whitewashing” chega a ser ofensivo, já que um dos três personagens principais é afro-americano, fazendo referência ao ator Keith Stanfield, que interpreta o detetive L. Death Note também conta com Margaret Qualley como Mia Sutton, Paul Nakauchi como Watari, e Shea Whigham como James Turner.
Ele ainda acrescentou que ficou surpreso pela reação, já que trabalhou em diversas adaptações no passado, mas nunca havia recebido tanto alvoroço negativo. Particularmente, o mesmo citou seu trabalho no filme de terror O Chamado, de 2002, que foi uma versão ocidental do japonês Ring: “Ninguém criticou na época. Talvez devessem ter feito, ou fizeram, mas eu não fiquei sabendo.”
Masi Oka, outro produtor de Death Note que já havia defendido o elenco em entrevistas passadas, disse que a produção estava ciente da situação: “Os diretores da seleção de elenco fizeram uma extensa pesquisa para conseguir atores asiáticos, mas não foi possível encontrar a pessoa certa, já que a maior parte não falava inglês perfeitamente, e os personagens já haviam sido modificados.”
A criticada adaptação feita no ocidente de Death Note será lançada globalmente pela Netflix no dia 25 de agosto.