3 de jun. de 2020

Público consumidor de games cresceu 7,1% em 2020, diz Pesquisa Game Brasil



Pesquisa Game Brasil 2020, publicada nesta quarta (3), revela que 73,4% do público brasileiro joga jogos eletrônicos, um crescimento de 7,1% em relação a 2019.
A pesquisa, conduzida pelo Sioux Group por união das organizações Go GamersESPM e Blend New Research, ouviu 5.830 pessoas em 26 Estados e no Distrito Federal em fevereiro, e traçou um perfil curioso do público brasileiro que gosta de games.
A PGB divide o público em dois grupos: o casual, que não se considera "gamer" mas costuma jogar jogos e que representa 67,5% do total de jogadores; e o hardcore, que se define como "gamer" e consiste no 33,5% restante.
Como em edições anteriores, o público casual é majoritariamente feminino entre 25 e 34 anos, enquanto o hardcore é majoritariamente masculino entre 16 e 24 anos. O mais curioso, porém, é que pela primeira vez os dispositivos mobile aparecem como plataforma de preferência para o jogador hardcore, com 34,4% do total.
Não só isso, o mobile lidera a frequência por semana, com 49,3% declarando que joga todoso os dias.
"Ser um 'hardcore gamer' tem mais a ver com a importância dos games na vida do jogador, e não necessariamente está relacionado à quantidade de horas jogadas", diz Guilherme Camargo, sócio-CEO do Sioux Group. "Um bom exemplo seriam as pessoas em idade adulta, que trabalham e têm menos tempo para jogar, mas nem por isso deixam de consumir games e se dedicar a esta atividade"
Parte disso, de acordo com os organizadores da pesquisa, deve-se à prevalência dos dispositivos mobile na vida cotidiana, e a variedade cada vez maior de jogos mais elaborados para o iOS e Android, como o fenômeno de Free Fire.
"Isso demonstra que o 'efeito Free Fire', um dos jogos mobile de maior popularidade no Brasil, alavancou a audiência nos smartphones, inclusive do hardcore gamer", explica Carlos Silva, Head de Gaming na Go Gamers.
Os consoles, por sua vez, tiveram uma queda significativa, agora com 19,9% do público preferindo estas plataformas - 33% menos do que no ano anterior. O PC, por outro lado, subiu 10%, chegando a 14,2% da preferência.

Interesse na nova geração

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De acordo com Camargo, a queda deve-se ao fato da expectativa quanto ao lançamento dos consoles de nova geração, o PlayStation 5 e o Xbox Series X.
"A preferência deve subir quando tivermos os aparelhos novos no mercado, mas não tem como superar a massa de jogadores de smartphone", declarou.
50,2% do público hardcore gostariam de adquirir estas plataformas logo no lançamento, enquanto 71,1% dos casuais também tem interesse nos novos consoles, mas não planejam comprá-los quando chegarem ao mercado.
Além disso, o preço é o fator mais relevante para o público, sendo o ponto mais importante para 73% dos consumidores.
"A grande parte dos consumidores acredita que os valores se manterão entre R$ 2.000 a R$3.000 (31,8%), enquanto alguns especulam que chegarão até os R$ 5.000 (27,4%)", diz a pesquisa. "Em relação ao que julgam ser um preço justo a se pagar pelos aparelhos, 50,4% definem em R$ 2.000, com uma parcela menor disposta a pagar até R$ 3.000 (28,2%)."

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